O Paraná está prestes a dar um salto tecnológico significativo com a implantação de supercomputadores de tecnologia indiana em suas universidades estaduais. Este avanço é resultado de um acordo firmado em abril entre o Governo do Paraná e o Centro de Desenvolvimento de Computação Avançada (C-DAC) da Índia, visando a transferência de tecnologia para a montagem de computadores de alto desempenho (HPC) no estado.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), em Londrina, serão as primeiras instituições a receber esses supercomputadores. O projeto prevê a instalação de equipamentos em sete universidades estaduais, criando uma rede de alta conectividade e processamento de dados.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu uma comitiva do C-DAC para avaliar as estruturas necessárias à implantação desta rede de supercomputadores. Esta iniciativa posiciona o Paraná como pioneiro no Brasil na concepção de uma rede de HPC distribuída e na produção própria desses equipamentos, reduzindo a dependência tecnológica estrangeira.
Os supercomputadores permitirão avanços significativos em pesquisas nas áreas de bioinformática, agricultura de precisão, genômica e inteligência artificial. Segundo o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, o projeto visa criar uma rede de conectividade de alta velocidade que beneficiará o setor produtivo, empresarial e acadêmico do estado.
A parceria prevê a instalação de duas máquinas de maior capacidade e supercomputadores menores em cada universidade participante. Esta estrutura proporcionará uma conectividade abrangente, disponível para todo o sistema de pesquisa e desenvolvimento do estado
Para dimensionar adequadamente o projeto, representantes do C-DAC estão visitando diversas cidades do Paraná, incluindo Ponta Grossa, Londrina e Pato Branco. Esta última é sede da empresa Hi-Mix, responsável pela montagem dos supercomputadores no estado.
Jorge Edson Ribeiro, pesquisador sênior da Fundação Araucária, destaca que o projeto incluirá duas máquinas principais: uma voltada para o setor acadêmico e outra com arquitetura específica para inteligência artificial, que também atenderá ao setor privado. O processo de dimensionamento e precificação está em andamento.
Os supercomputadores representam um avanço significativo na capacidade de processamento de dados. Projetos que antes levavam anos para serem processados poderão ser concluídos em dias ou semanas, dependendo da capacidade da máquina e da natureza do projeto. Esta tecnologia promete impulsionar a pesquisa e inovação no Paraná, consolidando o estado como um polo de desenvolvimento tecnológico no Brasil.
