Apoio de Trump ao oleoduto da Linha 5 sob o Lago Michigan animou a cidade de Sarnia, destaca Paulo Roberto Gomes Fernandes ao analisar o impacto político do projeto.

Apoio de Trump ao oleoduto da Linha 5 sob o Lago Michigan animou a cidade de Sarnia

Yves Ivanovna
By Yves Ivanovna 5 Min Read

Conforme Paulo Roberto Gomes Fernandes, a decisão do então presidente Donald Trump de apoiar integralmente o projeto de construção do túnel sob o Lago Michigan, destinado a abrigar sete quilômetros do oleoduto da Linha 5, gerou forte repercussão na cidade canadense de Sarnia. O prefeito Mike Bradley, principal defensor local da iniciativa, afirmou durante o período que autoridades de Michigan vinham dificultando avanços considerados estratégicos para a região. Para Bradley, a sinalização positiva de Washington representou um alívio diante das incertezas jurídicas envolvendo o oleoduto.

A Linha 5, que liga Wisconsin a Sarnia transportando derivados líquidos de petróleo e gás natural, era vista como infraestrutura essencial para o setor petroquímico local. A posição apresentada pelo governo dos EUA em documentos judiciais coincidiu, naquela fase, com o posicionamento federal canadense de que se tratava de um tema de competência nacional, e não estadual.

Disputas legais continuaram no estado de Michigan

O memorando federal submetido ao tribunal destacou que iniciativas estaduais para suspender a operação de oleodutos interestaduais poderiam comprometer o abastecimento energético e afetar obrigações diplomáticas. O documento citava ordem executiva da Casa Branca defendendo a necessidade de segurança energética e de infraestrutura confiável. Bradley reforçou, na época, que esse alinhamento entre os governos de ambos os países indicava a importância da manutenção da Linha 5.

A governadora Gretchen Whitmer havia tentado suspender a operação do oleoduto em 2020, quando a Enbridge anunciou o investimento de US$ 500 milhões para a construção do túnel sob o estreito de Mackinac. O projeto, no entanto, permaneceu sujeito a aprovações regulatórias e contestações ambientais. A Suprema Corte de Michigan decidiu analisar reclamações de grupos ambientais e comunidades indígenas contrárias à obra.

Aspectos técnicos do túnel receberam aprovação

Durante o período, o corpo de engenheiros responsável pela análise ambiental em Michigan aprovou o projeto do túnel, avaliando que a solução subterrânea aumentaria a segurança da operação. A Enbridge declarou que a transferência da Linha 5 para o túnel tornaria o oleoduto — já considerado seguro — ainda mais protegido, ao mesmo tempo preservando empregos e a estabilidade econômica da região.

Para Paulo Roberto Gomes Fernandes, o entusiasmo em Sarnia mostra como decisões presidenciais podem acelerar investimentos no oleoduto da Linha 5.
Para Paulo Roberto Gomes Fernandes, o entusiasmo em Sarnia mostra como decisões presidenciais podem acelerar investimentos no oleoduto da Linha 5.

O interesse pelo projeto também foi acompanhado atentamente no Brasil. Entre os especialistas que monitoraram a evolução técnica esteve Paulo Roberto Gomes Fernandes, presidente da Liderroll, empresa detentora da tecnologia patenteada para lançamento de dutos em túneis em mais de 50 países.

Liderroll acompanhou negociações para possível participação

Durante as discussões internacionais sobre a Linha 5, Paulo Roberto Gomes Fernandes afirmou que permanecia em contato com empresas norte-americanas envolvidas na concorrência para executar a obra, destacando que a tecnologia brasileira poderia ser aplicada ao projeto. Segundo ele, a tendência era de formação de parceria em que empresas dos EUA utilizariam os sistemas desenvolvidos pela companhia.

O executivo reiterou que os desafios do túnel — incluindo um trecho de 3,5 quilômetros em declive seguido de 3,5 quilômetros em aclive para acomodar dutos de 36 polegadas — eram comparáveis a obras já executadas com sucesso no Brasil, como o túnel do Gastau, em São Paulo. Para Paulo Roberto Gomes Fernandes, o domínio técnico acumulado pela Liderroll poderia contribuir significativamente para a execução da obra norte-americana.

Expectativa pela definição regulatória

Apesar do apoio federal americano, o projeto continuou dependendo das etapas finais de licenciamento. As autoridades de Ontário alertavam, naquele momento, que uma eventual interrupção da Linha 5 poderia colocar milhares de empregos em risco. Bradley defendia que prolongar as disputas judiciais aumentaria a possibilidade de novos entraves operacionais.

No Brasil, Paulo Roberto Gomes Fernandes declarou que a empresa já havia mapeado cenários, desenvolvido soluções específicas e estruturado toda a engenharia necessária para atuar caso fosse selecionada. Ele também ressaltou que a resolução rápida do processo permitiria à Liderroll aplicar sua experiência na instalação de dutos em condições de alta complexidade.

A posição técnica e regulatória avançou ao longo de 2025, mantendo o projeto como foco de debate entre governos, ambientalistas e indústria, tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá, enquanto especialistas, como Paulo Roberto Gomes Fernandes, continuaram acompanhando de perto os desdobramentos.

Autor: Yves Ivanovna

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